Um juiz federal de Los Angeles indeferiu uma ação judicial movida por Spencer Elden, que acusava o Nirvana de exploração sexual e pornografia infantil ao usar uma foto dele nu, aos quatro meses de idade, na capa do clássico álbum “Nevermind“, de 1991.
O juiz Fernando Olguin rejeitou o processo na segunda-feira (3), depois que o Elden perdeu o prazo para responder à moção dos réus para encerrar o caso. Ele tem até 13 de janeiro para apresentar uma queixa emendada para tratar de supostos problemas que os réus identificaram em seu caso.
Em sua ação movida em agosto do ano passado, Elden, então com 30 anos, alegou ter sofrido “danos vitalícios” da capa do álbum, que o retratava nadando nu em direção a uma nota de um dólar perfurada por um anzol.
Elden pediu pelo menos $ 150 mil dólares (cerca de R$ 850 mil reais) em danos de cada um dos vários réus, incluindo o Universal Music Group, o baterista do Nirvana e hoje vocalista do Foo Fighters Dave Grohl, o baixista do Nirvana Krist Novoselic e Courtney Love, a viúva do vocalista principal do Nirvana Kurt Cobain que morreu em 1994.
“Nevermind” é um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos, com mais de 30 milhões de vendas em todo o mundo.
Ao buscar a rejeição do caso de Elden, os réus disseram que a alegação de que a foto equivalia a pornografia infantil era “não era séria” nas circunstâncias.
Eles citaram uma decisão judicial de 1994 que disse que ninguém poderia acreditar seriamente em uma pintura do impressionista francês Pierre-Auguste Renoir de uma mulher nua, ou uma foto de família de uma criança nua em uma banheira, violava as leis de pornografia infantil.
Os réus também disseram que Elden não poderia alegar ser uma vítima depois de passar três décadas “lucrando com sua celebridade como o ‘Bebê do Nirvana'”.
Elden posou como um adulto para recriar a foto, inclusive com “Nevermind” tatuado em seu peito.
Fonte: CNN Brasil