Greta Van Fleet lança segundo álbum; ouça na íntegra
Movido a Rock
Publicado em 19/04/2021

"The Battle at Garden's Gate", inspirado também no Brasil, chega para afastar o estigma de "cópia do Led Zeppelin"

 

Após quatro singles, o Greta Van Fleet acaba de lançar seu segundo disco de estúdio, The Battle at Garden’s Gate.

 

Como já mostravam as prévias “My Way, Soon”, “Age of Machine”, “Heat Above” e “Broken Bells”, o álbum chega para tentar tirar de vez o estigma de que a banda é apenas uma cópia do Led Zeppelin e, ao mesmo tempo, renovar a cena do Rock and Roll com um respiro necessário.

 

Se afastar desse julgamento precoce não quer dizer que os caras tenham deixado a sonoridade clássica do gênero de lado — muito pelo contrário. Mas com novas temáticas, que incluem até mesmo inspiração nas favelas do Brasil, a banda mostra maturidade e capacidade de evoluir ainda mais daqui pra frente.

 

 

Inspirado também no Brasil

 

O  Greta Van Fleet revelou que seu segundo disco, The Battle at Garden’s Gate, foi influenciado pelos diferentes lugares que a banda passou durante três anos e meio de turnê pelo mundo. O Brasil foi um deles. Em uma entrevista ao G1, o vocalista Josh Kiszka confessou que ao sair de um show no Rio de Janeiro em 2019 a banda passou perto de uma favela e todos ficaram impressionados com o local.

 

"Eu nunca vi uma coisa assim. Foi muito diferente para mim. E aí você vê outros lugares e percebe que isso faz parte do mundo, de onde a gente vive."

 

O músico destacou que o grupo ficou chocado com a pobreza de alguns lugares pelos quais passou e isso refletiu nas faixas.

 

"A gente não cresceu com essa pobreza, então você processa e pensa: ‘qual é meu papel?’ Isso se traduz de um jeito natural. Você cresce espiritualmente, se interessa por ideais filosóficos e isso se traduz na arte. Essa foi a experiência."

 

Especificamente sobre a desigualdade social no Brasil e como isso está presente no disco, Josh aponta que após “perceber a condição menos confortável de outros pessoas e se colocar nesse lugar”, o assunto saiu de forma “muito literal em algumas faixas”. O cantor cita a música “Tears of Rain”, em que eles discutem como certos grupos de pessoas estão buscando salvação.

 

No bate-papo com o site brasileiro, Kiszka ainda comentou sobre as comparações entre sua voz e a do lendário Robert Plant e revelou não ter medo do Rock se tornar algo do passado, já que ele acredita que é um gênero “muito flexível”.

 

"[O Rock] Está no espírito da liberdade, da energia, que desafia as pessoas. Tem que ter uma identidade forte. E espero que a gente esteja ajudando despertar isso para permitir às pessoas recriarem e fazerem seu próprio rock."

 

Ouça nas várias plataformas de streaming de áudio

 

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